deixa correr o
tempo
na ponta
das pistolas
cinematográficas
põe carmim na
palidez do
teu rosto
verde azulado
nas tuas
pálpebras
enegrece os
cabelos
rapidamente
salta
corre
foge
vai com a
tempestade
no meio do
furacão
ruge a fala do leão
diz thank you
ao passante
corre
foge
salta
voa
alegremente
ri
sobretudo ri
adeus andorinha
de camisa
branca
asas de punhal
azulado
gorjeia ave em seta
em pena de tule
e sarja
entra nos portões
fechados
das mansões
góticas
ganha as membranas
dos vampiros
estremunhados
guincha
assobia
faroleiro
nas brumas
das árvores
silenciosas
atira
mar vadio
as tuas rendas
orvalhadas
contra as
escarpas
fragilizadas
pelos ventos
que te enrugam
a pele
corre
foge
salta
que eu te seguirei
mfs
manuel alegre / lusíada exilado
-
Nem batalhas nem paz: obscura guerra.
Dói-me um país neste país que levo.
Sou este povo que a si mesmo se desterra
meu nome são três sílabas de trevo.
...
Há 22 horas
2 comentários:
Um tempo: Um caminho. O ritmo do poema. Gostei muito.
Obrigada, Graça.
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