de manhã
vejo de manhã
imagino a manhã
lavo as manhãs dos rostos
lavo os rostos da manhã
pressagio os vulcões expulsos das entranhas
das peles confrangidas
escolho botões de perfumes assassinos
vou à vida
que a morte nunca mais chega
ainda ontem me vi
na montra de um navio
afundou-se a alegoria
renasço em pedaços de sol matinal
arranco o vento restante
penduro resmas de cebolas
nas chaminés terrificantes
deito fora as contas de e-mail
gastão cruz / frio
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Linguagem das estrelas incendeia
o céu da noite! Do
lugar vazio
choverão cinzas e da negra teia
descerá o cenário como um dia
para cegos que escutam ...
Há 11 horas
1 comentário:
vou à vida
que a morte nunca mais chega
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