escrevo para esquecer o que não escrevo
não deixo que a memória me submerja
nos seus socalcos deslizantes
escrevo em tintas sem cor sem espessura
por sendas desfeitas nos montes arborizados
onde cada vegetal respira as minhas miragens
desenho para ser eu numa prancha de BD
pinto para desvendar o escondido nas fráguas
dos mundos desnudados em cada milénio
leio
leio os infindáveis poemas malditos dos poetas
por nascer nas concavidades marítimas
das baías rangentes e inóspitas
tritões mascarados nas venezas submersas
retiro de mim o sangue do pensamento incompleto
com ele esboço uma vida ainda inédita
no painel imenso do tempo por haver
mfs
manuel alegre / lusíada exilado
-
Nem batalhas nem paz: obscura guerra.
Dói-me um país neste país que levo.
Sou este povo que a si mesmo se desterra
meu nome são três sílabas de trevo.
...
Há 19 horas
Sem comentários:
Enviar um comentário