as sombras de deus nublam os olhos das libélulas
nos seus voos de disco voador
as asas estremecem quando afagam as barbas do senhor
plasmadas nos atraentes ícones das heréticas mensagens
talvez idólatras
e entretanto o meu coração é um lago onde mergulham as nuvens
em sintonia com o copo de água que à minha frente se bamboleia
repelido pelas vozes espirituais subterrâneas e resvalantes
reconheço as alegrias dos menestreis que cantam sob a minha janela
de julieta em busca de ninharias românticas balofas mortíferas
e o melhor que faço é esvaziar os futuros copos de água embalsamada
nos túmulos cristãos soterrados sob a linha das anémonas por florir
à espera das pétalas hipnotisantas que me coroarão a fronte envelhecida
mfs
emanuel jorge botelho / claro/escuro
-
faço o quê com a amargura?
guardo-a no bolso,
ou ponho sobre ela o peso de um dia aziago?
talvez o mar me salve, ou me converta,
talvez a terra seja o ...
Há 9 horas
1 comentário:
"e entretanto o meu coração é um lago onde mergulham as nuvens"
Apetecia-me mergulhar também.
Encontrava um jardim de delícias...
Enviar um comentário