as sombras de deus nublam os olhos das libélulas
nos seus voos de disco voador
as asas estremecem quando afagam as barbas do senhor
plasmadas nos atraentes ícones das heréticas mensagens
talvez idólatras
e entretanto o meu coração é um lago onde mergulham as nuvens
em sintonia com o copo de água que à minha frente se bamboleia
repelido pelas vozes espirituais subterrâneas e resvalantes
reconheço as alegrias dos menestreis que cantam sob a minha janela
de julieta em busca de ninharias românticas balofas mortíferas
e o melhor que faço é esvaziar os futuros copos de água embalsamada
nos túmulos cristãos soterrados sob a linha das anémonas por florir
à espera das pétalas hipnotisantas que me coroarão a fronte envelhecida
mfs
domingos da mota / soneto da pouquidão
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São poucos os que lutam contra o medo
sem medo de perder seja o que for,
que ousam libertar-se do enredo
desse modo maligno de temor
que sofreia a cor...
Há 19 horas





1 comentário:
"e entretanto o meu coração é um lago onde mergulham as nuvens"
Apetecia-me mergulhar também.
Encontrava um jardim de delícias...
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