durante dias não vi o sol nem os candeeiros das paisagens
nem as pequenas luzes dos colares cósmicos
não vi nenhuma réstea de pó cintilante
nenhuma fresta escondida na escuridão das manhãs
desisti de acender as lâmpadas dos sótãos e das caves
as lanternas dos vestíbulos sem carpetes
as velas das igrejas há muito abandonadas pelos deuses
os olhos dos gatos atentos aos solavancos dos percalços
os fogos fátuos dos campos antigamente sagrados
vivo no veludo das trevas onde permanecerei até à alvorada
mfs
manuel alegre / lusíada exilado
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Nem batalhas nem paz: obscura guerra.
Dói-me um país neste país que levo.
Sou este povo que a si mesmo se desterra
meu nome são três sílabas de trevo.
...
Há 19 horas
1 comentário:
vivo no veludo das trevas onde permanecerei até à alvorada...
(Por vezes esse veludo até se deixa acariciar...)
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