descobri aqueles que alimentam os monstros da
melancolia
têm magníficos olhos de prevaricadores
unhas brilhantes
umbigos cheios do maná que moisés recebeu no
deserto
deslocam-se devagar para não assustar as vítimas
bebem os fluídos com sabor a especiarias dos
deambulantes
persistem na escuridão
usam as pesadas roupas do luto eterno
espalham pelos caminhos as flores escurecidas da
tristeza
são os vampiros dos fracos dos espantados da
vida
dos
solitários
nas suas grutas
dos mudos que clamam por
socorro
dos que não são vistos nem ouvidos
no silêncio
do seu caminhar
m.f.s.
ana paula inácio & sandra costa / menos uma hora nos açores
-
9.
Devia ter sido o último poema do ano.
Um sino na paisagem a marcar
as horas. Um desalinho momentâneo
como uma arritmia, demasiado breve
para ser s...
Há 13 horas





1 comentário:
Eles comem tudo / Eles comem tudo / Eles comem tudo / E não deixam nada"
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