o poeta de esquina não vê a
sombra com que o
candeeiro suspenso
escurece o chão sob os
seus sapatos amarrotados
discute com o seu
anagrama
a forma da palavra
que lhe escapa
o sentido do vulto
fugidio
em contra-luz
ensemisma-se
enquanto o
candeeiro lhe desenha
sombras de
morcego
não entende as vozes no
espelho
as simetrias das
oposições
as texturas das
nuvens em remoinho
cogita
m.f.s.
nuno vidal / cegarrega
-
Helena no riso nervoso
no recuo d’aflição
declaravas o amor escuso.
Amêndoa amarga
frivolidades da razão
a ver se pegava.
Éramos escolha fraquinha,
um...
Há 22 horas
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