descobri aqueles que alimentam os monstros da
melancolia
têm magníficos olhos de prevaricadores
unhas brilhantes
umbigos cheios do maná que moisés recebeu no
deserto
deslocam-se devagar para não assustar as vítimas
bebem os fluídos com sabor a especiarias dos
deambulantes
persistem na escuridão
usam as pesadas roupas do luto eterno
espalham pelos caminhos as flores escurecidas da
tristeza
são os vampiros dos fracos dos espantados da
vida
dos
solitários
nas suas grutas
dos mudos que clamam por
socorro
dos que não são vistos nem ouvidos
no silêncio
do seu caminhar
m.f.s.
domingos da mota / soneto da pouquidão
-
São poucos os que lutam contra o medo
sem medo de perder seja o que for,
que ousam libertar-se do enredo
desse modo maligno de temor
que sofreia a cor...
Há 19 horas





1 comentário:
Eles comem tudo / Eles comem tudo / Eles comem tudo / E não deixam nada"
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