com mãos de aranha te leva de rastos
o malmequer caido dos cabelos
com olhos de mosca azul
te vasculha o frágil pensamento
com bico de codorniz
te esgarça a dor morrida
com fios de ariadne
te conduz ao beco sem saida
te enleia em seus braços de leopardo
te fareja os ouvidos ensurdecidos
te engole em lento ritual
de deus voraz ciumento mudo
cego
surdo
m.f.s.
luís miguel nava / essas manhãs
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Essas manhãs, as mais profundas e por que eu caminho para as ondas, manhãs
como um poço, no perfil das águas ouço-as eclodindo o leite a avolumar-se
p...
Há 14 horas
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