o homem que deambula pelos corredores
das imposséveis naves dos seus desejos
encontra os estilhaços dos seus tormentos
nos labirintos da sua consciência
torna-se no imprudente ícaro surdo aos
avisos da experiência
às fatalidades da matéria
sobe aos céus ainda não ressuscitado
oscilante vulto contra o azul do éter
desfeitas as perecíveis asas em pesadas
gotas que se solidificam nas águas
dos mares antigos
os dédalos são impotentes para o resgate
do sangue do seu sangue
cada ícaro tem apenas o seu par de asas
m.f.s.
manuel antónio pina / neste preciso tempo, neste preciso lugar
-
No princípio era o Verbo
(e os açúcares
e os aminoácidos).
Depois foi o que se sabe.
Agora estou debruçado
da varanda de um 3° andar
e todo o Passado
v...
Há 1 dia
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