o homem que deambula pelos corredores
das imposséveis naves dos seus desejos
encontra os estilhaços dos seus tormentos
nos labirintos da sua consciência
torna-se no imprudente ícaro surdo aos
avisos da experiência
às fatalidades da matéria
sobe aos céus ainda não ressuscitado
oscilante vulto contra o azul do éter
desfeitas as perecíveis asas em pesadas
gotas que se solidificam nas águas
dos mares antigos
os dédalos são impotentes para o resgate
do sangue do seu sangue
cada ícaro tem apenas o seu par de asas
m.f.s.
pedro tamen / o vinho
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1.
Isso de que gostámos tanto; impulso
sem que o fim, que dizem tão preciso,
se notasse; um beijo pela troca; pedra
no chão ainda; um rasgão no mais dur...
Há 23 horas
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