sexta-feira, março 30, 2007

aves

regressam as aves sem pais ao país do degredo
arquitectam novos ninhos novas eternidades
no sangue que segue o trilho dos filhos

ensaiam novos cantos de sedução
engalanam as penas das cores do amor
cortam em profundas diagonaids
os ares azulados depois do equinócio

vivem os últimos dias sem ilusões
os papos vazios de alimentar os filhos

m.f.s.

1 comentário:

Anónimo disse...

Gostei mais de:

"ensaiam novos cantos de sedução
engalanam as penas das cores do amor"