a poalha em vagas de densidade variada
desce do interior dos olhos
até ao rebordo da pálpebra inferior
entorna-se pelas pestanas descompassadas
desliza pela olheira azulada
a poalha cria um regato brilhante
na paisagem do rosto sem luz
pinga até ao primeiro obstáculo
quando seca deixa no seu rasto cristais
a poalha lava os olhos
lava a alma
desfaz os nós das entrelinhas
e como dizia alguém tem a
mesma composição química
qualquer que seja a sua fonte
m.f.s.
ana paula inácio & sandra costa / menos uma hora nos açores
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9.
Devia ter sido o último poema do ano.
Um sino na paisagem a marcar
as horas. Um desalinho momentâneo
como uma arritmia, demasiado breve
para ser s...
Há 4 horas





1 comentário:
Água (quase tudo)
e cloreto de sódio.
Como diria o António Gedeão...
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