a poalha em vagas de densidade variada
desce do interior dos olhos
até ao rebordo da pálpebra inferior
entorna-se pelas pestanas descompassadas
desliza pela olheira azulada
a poalha cria um regato brilhante
na paisagem do rosto sem luz
pinga até ao primeiro obstáculo
quando seca deixa no seu rasto cristais
a poalha lava os olhos
lava a alma
desfaz os nós das entrelinhas
e como dizia alguém tem a
mesma composição química
qualquer que seja a sua fonte
m.f.s.
domingos da mota / soneto da pouquidão
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São poucos os que lutam contra o medo
sem medo de perder seja o que for,
que ousam libertar-se do enredo
desse modo maligno de temor
que sofreia a cor...
Há 21 horas





1 comentário:
Água (quase tudo)
e cloreto de sódio.
Como diria o António Gedeão...
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