na tranquilidade das noites sem lua
o riscar do vento nas janelas sem taipais
é como o esvoaçar dos vampiros queixosos
dos fantasmas perdidos entre mundos
das vagas que rendilham as águas no refluxo
as pegadas desfocadas dos mochos encurralados
o gemido das folhas que abandonam o lar
as frutas que se deixam devorar pelos melros
os ramos das grossas palmeiras que desenham adeuses
faíscas que saltam dos olhos dos gatos atentos
os cabelos que se espalham nas brancas almofadas
o frasco de perfume que rescende sobre a cómoda
a noite tranquila sem lua
m.f.s.
fernando assis pacheco / cuidar dos vivos
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Como as ordens de Sebastião José
de Carvalho e Melo no terramoto
«cuidar dos vivos, enterrar os mortos»,
digo deste amor que tive
pior que terra sacudi...
Há 16 horas
1 comentário:
os cabelos que se espalham nas brancas almofadas
o frasco de perfume que rescende sobre a cómoda
a noite tranquila sem lua
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Isso e paz de espírito.
Era bom, era!
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