sentirás tu o roçagar das impertinentes
pranchas de surf
sobre o cristal mágico das ondas
o rasgar das vidraças sob as luas de
outros planetas
será que ainda ouves os suspiros derradeiros
dos jovens assassinados nos desertos
marcianos
diz-me se ainda te lembras da carícia das plumas
dos anjos enamorados
vês as velas cor de glicínia
nas águas cinzentas dos rios infinitos
saberás tu que
no lastro dos navios vivem anémonas alecrins
ribombar de trovões entristecidos
topázios abandonados
jades adormecidos
dizes-me
?
m.f.s.
emanuel jorge botelho / claro/escuro
-
faço o quê com a amargura?
guardo-a no bolso,
ou ponho sobre ela o peso de um dia aziago?
talvez o mar me salve, ou me converta,
talvez a terra seja o ...
Há 9 horas
4 comentários:
?
É mesmo assim. Se leres com atenção perceberás.
Interrogas-te talvez
perante uma Entidade Suprema
indiferente
a jovens assassinados
nos desertos marcianos...
Diz-me
?
É uma interrogação permanente neste escrito...
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