deixo-vos nas mãos dos algozes enamorados
serrilhas afiadas contra o peito
desejo-vos boa sorte nas noites expurgadas de bonomias
sem glórias ferrugentas
espero-vos à saída das igrejas arruinadas
sobre fundos de mares esmeraldinos
céus vermelhos de nublados apocalipses
minhas asas carnavalescas apoquentadas
pela fragilidade das amoras silvestres
semeio nesses corações de papier maché
a revolta dos trevos alentejanos
nas curtas primaveras de senis cenários
colho da alma alguns desejos acamados
nas longas noites do inconsciente
fujo
fujo de mim
m.f.s.
ilka brunhilde laurito / lamentação de natércia
-
VIII
*Amor é fogo? ou é candente lágrima?*
*Pois eu naufrago em um mar de labaredas*
*que lambem o sangue e a flor da pele acendem*
*quando o rubor ...
Há 3 horas
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