fechar as janelas
as portas de chumbo
esvaziar as imagens
dormir
não dormir
correr imóvel nas
praias de vidro
reparar nas virtudes
virtuais
do mel amargo
das vespas de oiro
fosforescer as
sobrancelhas
em ogiva
refrescar
os queixos
prepotentes
refazer a simetria
dos rostos
gastos
desgostosos
em sombra
soltar as lanternas nos
jardins da noite
ofuscar os óculos
vermelhos
as estradas
de neblinas
furar as miragens
pintalgar
os sentimentos
imobilizar-se
m.f. s.
antónio franco alexandre / dos jogos de inverno
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por um pequeno buraco, como é costume, saio à superfície anónima da neve
um campo todo em si aberto um tanto à tua semelhança Tu que
não começas ne...
Há 4 horas
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