enquanto desço as escadas
e o corrimão estremece sob o
peso dos meus pensamentos
revejo a minha sombra
descendo as escadas
mal consigo segurar os
pensamentos
escavo os muros laterais
esgarçados
pela humidade subterrânea
espero ver surgir a alma da
velha casa
ouvir os falares dos
seus anteriores povoadores
gravados nas pedras esboroadas
nas areias aglutinantes
nas tintas retalhadas da
superfície
chego ao fim das escadas
alijo o peso dos pensamentos
subo a escada
m.f.s.
emanuel jorge botelho / claro/escuro
-
faço o quê com a amargura?
guardo-a no bolso,
ou ponho sobre ela o peso de um dia aziago?
talvez o mar me salve, ou me converta,
talvez a terra seja o ...
Há 9 horas
1 comentário:
Eu tambem medito, enquanto subo as escadas. E moro num terceiro andar sem elevador...
Pena é, eu não encontrar uma biografia da multifacetada m.f.s...
Um dia, alguem remediará a falta.
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