as formigas
transportam as
aranhas
desfalecidas
em macas de sons
cavos
os escaravelhos
esmaltam o
exo-esqueleto
as unhas dos
felinos
deixam rastos
na espessura do ar
os estendais
bailam
há anos que
os morcegos
desfazem os
ninhos
todas as noites
o arco-íris
tinge os olhos
adormecidos
dos bébés
recobrem-se
as moléculas
de músicas
reprodutoras
as conclusões
desfiguram-se
sobre as
encostas
das planícies
desfeitas
esta noite vou
viajar com os
condores
m.f.s.
emanuel jorge botelho / claro/escuro
-
faço o quê com a amargura?
guardo-a no bolso,
ou ponho sobre ela o peso de um dia aziago?
talvez o mar me salve, ou me converta,
talvez a terra seja o ...
Há 9 horas
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