meia-estação
segue-se a boca desmedida da noite sem luzes
ao rugir gargalhante das sombras bailarinas
sobre os muros mutilados dos castelos
sobram as mesquinhas agonias dos infelizes
as gotas remanescentes dos olhos subversivos
um revoltear de folhas outonais
na paisagem incandescente
os vinhos envelhecem deitados nos côncavos leitos de carvalho
o pó inventa desertos cinzentos sobre as garrafas em descanso
habitantes de mundos soterrados
aligeiram o passo cheiram os odores dos apetecíveis festins
Águas arrefecidas pressagiam o endurecer das atmosferas
após os fins próximos
da meia-estação
mfs
manuel alegre / lusíada exilado
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Nem batalhas nem paz: obscura guerra.
Dói-me um país neste país que levo.
Sou este povo que a si mesmo se desterra
meu nome são três sílabas de trevo.
...
Há 20 horas
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