sábado, dezembro 09, 2006

agora

era um coração de vento estilhaçado nas
fronteiras
os caminhos atulhados de vidas passadas
com rastos de ternuras mal contidas
e mal compreendidas

as fronteiras contraiam-se no
espaço recolhido das ninharias pungentes

como era possí­vel tanto restolho nas
faces esbranquiçadas
com os braços recobertos das
heras vorazes de verdes e de seivas

como seria um campo de neves sem
cristais
respirarações acauteladas
pelo pavor da entropia
as ervas queimadas de frio
um coraçãoo esvaziado de êxtase

de luzes com centelhas
de diamantes

m.f.s.

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