segunda-feira, dezembro 04, 2006

Escrito

há uma cor mansa à minha porta
neste entardecer de fim de era

silhuetas de asas longas

v a g a r o s a s

silenciosas

varrem o vento para os
horizontes em fogo

pégaso espreita entre as
nuvens escassas

sobre estes campos
restos de
sons abandonados no
regaço
das plantas ressequidas
sobre si deitadas

farrapos de luzes ondeiam
presos aos ramos implorantes
das árvores sem folhas

m.f.s.

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