há uma cor mansa à minha porta
neste entardecer de fim de era
silhuetas de asas longas
v a g a r o s a s
silenciosas
varrem o vento para os
horizontes em fogo
pégaso espreita entre as
nuvens escassas
sobre estes campos
restos de
sons abandonados no
regaço
das plantas ressequidas
sobre si deitadas
farrapos de luzes ondeiam
presos aos ramos implorantes
das árvores sem folhas
m.f.s.
manuel alegre / lusíada exilado
-
Nem batalhas nem paz: obscura guerra.
Dói-me um país neste país que levo.
Sou este povo que a si mesmo se desterra
meu nome são três sílabas de trevo.
...
Há 21 horas
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