não precisava de correr as acácias
nas ruas da madrugada
de olhos vendados pelas turbas
do alvorecer
as mãos tinham fechado as cortinas
sobre as brumas dos penhascos
gotas de ondas alterosas
de espumas mutantes
humedeciam os espaços
adornados de feéricas luzes
em close-up
rápidos
os pés saltaram todos os
obstáculos
imaginados
contornaram ainda as acácias
fortemente amarelas
fortemente perfumadas
voltaram às madrugadas
sem cortinas
e pararam nos penhascos
sobranceiros às ondas
em lutas fragorosas
contra os rochedos
e as negras areias
entre os calhaus
m.f.s.
emanuel jorge botelho / claro/escuro
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faço o quê com a amargura?
guardo-a no bolso,
ou ponho sobre ela o peso de um dia aziago?
talvez o mar me salve, ou me converta,
talvez a terra seja o ...
Há 9 horas
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