a mão que se abre e recebe um espinho enfeitado de rosas
sangra docemente sobre a cama isolada no meio do quarto
a janela freme de luzes e cortinas com brisas e sonhos
o dourado da atmosfera pinta as asas das borboletas em busca do pólen
construtoras de almas irisadas e voláteis num cenário vazio
o branco espalha-se e apaga o magnífico sonho bruxuleante
a mão ergue-se num gesto lento segura uma pétala esmaga-a
entre os dedos mistura o sangue da flor com o seu vermelho
a borboleta procura o pólen na nova flor
recem-nascida
m.f.s.
antónio dacosta / ó dia de sol e morte
-
3.
Ó dia de sol e morte
As flores eram venenosas
As moscas eram negras
O azul tenebroso
Tanta luz impiedosa
Sobre o luto da terra
*antóni...
Há 11 horas
Sem comentários:
Enviar um comentário