Hoje sinto-me ansiosa pelo fim de mim.
Estou cansada de existir,
olho-me e já não sou eu,
não sei porque persisto em respirar.
Conseguirei deixar de pensar,
lucidamente?
Num dia digo, não penso mais,
e já está,
entro no nirvana da não existência.
Aquele corpo ali é uma coisa
Foi um fardo durante demasiado tempo
Suportá-lo foi o meu castigo
por ser matéria
Agora
que abdiquei da existência
através do pensamento
vou esvaziar este fardo
de mim
vou poder não pensar
m.f.s.
RaÃzes desenraizadas
emanuel jorge botelho / claro/escuro
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faço o quê com a amargura?
guardo-a no bolso,
ou ponho sobre ela o peso de um dia aziago?
talvez o mar me salve, ou me converta,
talvez a terra seja o ...
Há 9 horas
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