Hoje sinto-me ansiosa pelo fim de mim.
Estou cansada de existir,
olho-me e já não sou eu,
não sei porque persisto em respirar.
Conseguirei deixar de pensar,
lucidamente?
Num dia digo, não penso mais,
e já está,
entro no nirvana da não existência.
Aquele corpo ali é uma coisa
Foi um fardo durante demasiado tempo
Suportá-lo foi o meu castigo
por ser matéria
Agora
que abdiquei da existência
através do pensamento
vou esvaziar este fardo
de mim
vou poder não pensar
m.f.s.
RaÃzes desenraizadas
manuel alegre / lusíada exilado
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Nem batalhas nem paz: obscura guerra.
Dói-me um país neste país que levo.
Sou este povo que a si mesmo se desterra
meu nome são três sílabas de trevo.
...
Há 20 horas
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