Hoje sinto-me ansiosa pelo fim de mim.
Estou cansada de existir,
olho-me e já não sou eu,
não sei porque persisto em respirar.
Conseguirei deixar de pensar,
lucidamente?
Num dia digo, não penso mais,
e já está,
entro no nirvana da não existência.
Aquele corpo ali é uma coisa
Foi um fardo durante demasiado tempo
Suportá-lo foi o meu castigo
por ser matéria
Agora
que abdiquei da existência
através do pensamento
vou esvaziar este fardo
de mim
vou poder não pensar
m.f.s.
RaÃzes desenraizadas
antónio osório / a inocente mala
-
Se eu fosse uma coisa, amaria ver-me
como comboio-correio. Longo e nocturno,
devassando o interior, contemplado
de fugida por pinhais e estrelas,
lobos, ...
Há 14 horas
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