porque me perseguem
as vozes sem voz
doçuras extremas
no balançar dos dias
porque me afagam
de olhos fechados
as sombras em
cores de cantorias
porque me olham os
olhos dos pássaros
quando os acordo
de madrugada
se fujo pra longe
porque me seguem
pelos caminhos
vazios de nada
pelas bermas excusas
dos montes sem luz
pelos bosques
extremos
pelas sendas esgotadas
pelas portas abertas
nos cenários sem flancos
nas fontes sem águas
nos ventres das rochas
em caminhos de tochas
soltas nas paisagens
como luminárias celestes
expostas que ficam
aos ventos agrestes
porque não se calam
as vozes sem voz
mfs
se calhar vou alterar isto
manuel alegre / lusíada exilado
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Nem batalhas nem paz: obscura guerra.
Dói-me um país neste país que levo.
Sou este povo que a si mesmo se desterra
meu nome são três sílabas de trevo.
...
Há 21 horas
2 comentários:
Simplesmente Belo!
Beijos
Isabel
Obrigada Isabel :)
Um beijo
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