cantava de boca fechada
olhos fechados
ouvidos abertos
cabelos emaranhados
pés frios
unhas grandes
saias de vento
pele de dragão
assobiava às luas
às estrelas mortas
às copas das árvores
invernosas
aos abismos
entre montanhas
em desertos
de dunas mortais
tocava líricas
desconchavadas
tambores viajeiros
pratos
sapateados voadores
em cometas de
ocasião
vivia assim
sobre as contingências
aguareladas
em pesada
suspensão
a cabeça cheia de
sonhos ponteagudos
bicudos
em plasmas
de espíritos
embriagados
mfs
eugénio de andrade / as mãos e os frutos
-
IX Madrigal
Tu já tinhas um nome, e eu não sei
se eras fonte ou brisa ou mar ou flor.
Nos meus versos chamar-te-ei amor.
*eugénio de andrade*
*...
Há 23 horas
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