E a Neve
Nós somos sempre dois, um respira
no silêncio e o outro
beija o sol.
A mão que toca o ombro (no sítio do nervo
irritável) ou o piano,
a chuva fria,
é sempre o apelo: choro
da criança e desvio da língua,
metade.
Na surpresa também a folha que vai caindo
de janela em janela esquece o exílio, cala,
e passa o destino breve
e os pequenos rios secam
e a neve das montanhas derrete-se
e apodrece a raiz do arbusto.
Nós somos sempre dois , aquele que
não suspeita a corrupção
e o outro governa sozinho em nome das massas.
O fogo e a neve ou uma maneira, estilo,
e vai para o infinito a emoção, esse ser
gota de água unida e pesada, esse ser de empréstimo.
João Camilo
paulo campos dos reis / a empregada do café
-
A empregada disse olá
acordando-me da distância.
Com a condescendência justa
para quem, como eu
ocupou a mesa
para não beber café.
O que deseja, d...
Há 15 horas





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