sairei de mim todas as manhãs
para lavar o quarto onde a alma se aninha
expulsarei os dragões dos vestígios
meteóricos
que me apanharam desprevenida
sairei pelas rotas dos pássaros viageiros
a cavalo nas résteas de luz matinal
vergarei a minha sombra
sobre os campos de mortífera neblina
escutarei
escutarei atentamente o vibrar
das minhas células gastas
à procura da renovação eterna
beberei da água descoberta em marte
à noite recolherei ao meu quarto
limpo das miasmas corrosivas
fecharei os olhos em sintonia
com as imagens que me povoam as
pálpebras cerradas
mfs
eugénio de andrade / as mãos e os frutos
-
IX Madrigal
Tu já tinhas um nome, e eu não sei
se eras fonte ou brisa ou mar ou flor.
Nos meus versos chamar-te-ei amor.
*eugénio de andrade*
*...
Há 22 horas
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