brilhava a pele do doce lagarto apaixonado
sob as ervas amarelas da ilha escondida
nas brumas róseas sonoras e mutantes
vibrava o coração do belo lagarto
em taquicardia apressada
aquecia o sangue do dragão
à espreita do sonho enamorado
pela sereia escamosa
cantadeira momentânea
sedutora dos ulisses mal
precavidos
soltava o lagarto a bífida
língua
atraída pelo voltejar
do insecto desafiador
finalmente capturado
finalmente inserido
na natureza lagarteira
esfomeada
de insectos e sereias
mfs
emanuel jorge botelho / claro/escuro
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faço o quê com a amargura?
guardo-a no bolso,
ou ponho sobre ela o peso de um dia aziago?
talvez o mar me salve, ou me converta,
talvez a terra seja o ...
Há 8 horas
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