O REGRESSO
Só peço um pouco de água das nascentes da
tua boca,
ao regressar a esta praça vazia,
onde as aves de cinza desaparecem no ar.
Naveguei todos os mares, sabes,
e já não me lembro em que porto deixei os
últimos sinais da minha vida,
um espelho,
um punhal de madrepérola,
uma madeixa de cabelos com a misteriosa
luz das primeiras ilhas.
Regressei para dizer-te, para gritar,
que não vi pelo mundo
a equívoca bondade dos homens,
e se algo fiz, se algo semeei, foram as
terríveis sementes da ira.
Regressei para matar e morrer, dizes,
enquanto te afastas pelo lado das
açucenas.
José Agostinho Baptista
Anjos Caídos
Assírio & Alvim
paulo campos dos reis / a empregada do café
-
A empregada disse olá
acordando-me da distância.
Com a condescendência justa
para quem, como eu
ocupou a mesa
para não beber café.
O que deseja, d...
Há 15 horas





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