sobre as cidades no horizonte voam folhas
asas de vampiros fuligens opacas
penas perdidas
por cima dos horizontes
evolucionam odores
sons surdos como trompas abafadas
sobre as cidades no horizonte descem memórias
as memórias vêm envoltas em brumas cheiram a nada
têm mistérios mal definidos
como o cascalho que rola das montanhas
no céu das cidades no horizonte
pintam-se longas fantasias em espiral
as cidades no horizonte não têm almas
não têm alma
mfs
manuel alegre / lusíada exilado
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Nem batalhas nem paz: obscura guerra.
Dói-me um país neste país que levo.
Sou este povo que a si mesmo se desterra
meu nome são três sílabas de trevo.
...
Há 19 horas
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