esta é uma carta de mim que
não conheces
para ti que não existes
e que conheço
um pouco
queria dar-te notícias vagas
da minha sombra esquiva
perdida nos vales das montanhas
de neve azul
sombra que teima em me perseguir
sobre ela posso dizer-te que
às vezes se confunde contigo
tornando-se mais etérea
mais diluída nos átomos
das vias cinzentas
nos dias sem chuva espero
que surjas à porta
da minha cabana citadina
com uma flor de luz
ao peito
uma pulseira de pérolas
para o meu frágil pulso
de mulher evanescente
e um traço vermelho
na tua sombra
espero que se conjuguem todos
os fados
para que te transformes
naquele que nunca existiu
desejo
que me imagines como sou
e me dês vida
agora vou viajar
por sendas de céus trovejantes
mas em breve aqui me terás
para construir mais uma dimensão
de ti
que não existes
mfs
paulo campos dos reis / a empregada do café
-
A empregada disse olá
acordando-me da distância.
Com a condescendência justa
para quem, como eu
ocupou a mesa
para não beber café.
O que deseja, d...
Há 18 horas





1 comentário:
Muito gosto eu de ti...
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