as mulheres redondas esperam os seus maridos
os homens solitários não têm mulheres redondas nem cúbicas
os fios de cabelos que unem os homens às mulheres resistem mais que fios de seda
arrancam as rendas dos vestidos de noivado e fogem pelas lezÃrias
as mulheres mal amadas
transportando em bandeira os véus brancos ora enegrecidos pela vida
de desalento e violência e as cinzas das lareiras desprotegidas
com mãos de árvores no inverno
as mulheres envelhecidas tocam cornetas de final de filme
m.f.s.
emanuel jorge botelho / claro/escuro
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faço o quê com a amargura?
guardo-a no bolso,
ou ponho sobre ela o peso de um dia aziago?
talvez o mar me salve, ou me converta,
talvez a terra seja o ...
Há 8 horas
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