bem podes morrer no meu colo
como a criança que nasceu agora e
se embala
podes desejar que te afague os cabelos
como a mulher que ama e
te lê
conseguirei ver os teus pensamentos como néons
na abóbada escura
da noite que se impacienta
à espera do desenlace
desta tragi-comédia
poderemos ficar estáticos deitados
no pó
como os mortos de Pompeia
antes de os roubarem
aos seus túmulos
de lava e de cinzas
o cenório vai-se esboroando e
nada mais poderemos
m.f.s.
emanuel jorge botelho / claro/escuro
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faço o quê com a amargura?
guardo-a no bolso,
ou ponho sobre ela o peso de um dia aziago?
talvez o mar me salve, ou me converta,
talvez a terra seja o ...
Há 9 horas
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