um adejar gratuito de seres emplumados
nas costas os arames cheios de véus
nos cabelos fios como raízes aéreas
no tronco a armadura barrroca e romana
nos pés asas de mercúrio mensageiro
nas cochas meias de rede sintética
mãos em agitadas confluências
espadas balançando à cintura
remoinhos rodeados de nuvens
em bando são mais terríficos
os anjinhos barrocos
sobrevoando estes mares
de algas castanhas flutuantes
contra o céu de fresco eclesial
nas cores ternas de seus rostos
desenrolam-se as guerras dos mártires
e dos cavalgantes guerreiros
enquanto ícaro se despenha
no mar borbulhante de algas
agora verdes agora esfarrapadas
mfs
eduarda chiote / a incerta sujeição da arte
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Puderas ter criado
mares
em que o contacto da luz
não magoasse
quer a leveza do fogo
quer a respiração funda
da água
e de modo a que a imolação
do corp...
Há 4 horas
1 comentário:
Estes escritos são autênticas pinturas... Parabéns!
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