um adejar gratuito de seres emplumados
nas costas os arames cheios de véus
nos cabelos fios como raízes aéreas
no tronco a armadura barrroca e romana
nos pés asas de mercúrio mensageiro
nas cochas meias de rede sintética
mãos em agitadas confluências
espadas balançando à cintura
remoinhos rodeados de nuvens
em bando são mais terríficos
os anjinhos barrocos
sobrevoando estes mares
de algas castanhas flutuantes
contra o céu de fresco eclesial
nas cores ternas de seus rostos
desenrolam-se as guerras dos mártires
e dos cavalgantes guerreiros
enquanto ícaro se despenha
no mar borbulhante de algas
agora verdes agora esfarrapadas
mfs
emanuel jorge botelho / claro/escuro
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faço o quê com a amargura?
guardo-a no bolso,
ou ponho sobre ela o peso de um dia aziago?
talvez o mar me salve, ou me converta,
talvez a terra seja o ...
Há 9 horas
1 comentário:
Estes escritos são autênticas pinturas... Parabéns!
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