olha para a linha de contorno das nuvens
como se desfaz continuamente
dentro de nossos olhos
e o ribombar dos trovões em nosso peito
desabitado
e o rugir do homem-lobo sobre a carroça das dores
e ainda o espanto da mulher amada
no reflexo do homem enlouquecido
e aquilo que não se conta por não ser mais contável
vê bem honey o resvalar das tuas falésias
as ruinas dos contratos com deus
e ainda as asas desfolhadas de lucifer
mais os ventos petrificados
das poesias sem conflitos sem membros
sem geradores mumificados
mas com odores de suspiros emergentes
de sereias emancipadas
de enormes agonias nos bancos de jardim
olha
olha-te
olha-me
m.f.s.
emanuel jorge botelho / claro/escuro
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faço o quê com a amargura?
guardo-a no bolso,
ou ponho sobre ela o peso de um dia aziago?
talvez o mar me salve, ou me converta,
talvez a terra seja o ...
Há 9 horas
1 comentário:
Mais um "passeio" pela rica imaginação da m.f.s.
Obrigado.
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