queria preencher os intervalos
entre uma mão e outra mão
um olhar e outro olhar
mas os muros da física
não deixam
nunca toquei nada
ninguém
nunca me tocaram
ninguém
nem o mar toca as ilhas em
que nos refugiamos
nem mesmo o nada
aflora a nossa fronteira
será inútil a comunicação
pois não deve existir
devido ao tal muro
da física
cientistas afirmam-no
que precária existência
a nossa
fatalmente sós
com muralhas gigantescas à
nossa volta
talvez transparentes
mas impenetráveis
sós
m.f.s.
ana paula inácio & sandra costa / menos uma hora nos açores
-
9.
Devia ter sido o último poema do ano.
Um sino na paisagem a marcar
as horas. Um desalinho momentâneo
como uma arritmia, demasiado breve
para ser s...
Há 3 horas





1 comentário:
Um pouco de telepatia talvez resolva o problema... :)
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