queria preencher os intervalos
entre uma mão e outra mão
um olhar e outro olhar
mas os muros da física
não deixam
nunca toquei nada
ninguém
nunca me tocaram
ninguém
nem o mar toca as ilhas em
que nos refugiamos
nem mesmo o nada
aflora a nossa fronteira
será inútil a comunicação
pois não deve existir
devido ao tal muro
da física
cientistas afirmam-no
que precária existência
a nossa
fatalmente sós
com muralhas gigantescas à
nossa volta
talvez transparentes
mas impenetráveis
sós
m.f.s.
isabel meyreles / o livro do tigre
-
II
Existe em Lisboa
uma máquina cruel
que permanentemente aguça
os dentes virtuais
na alma indecisa
dos pobres mortais.
Esta m...
Há 13 horas
1 comentário:
Um pouco de telepatia talvez resolva o problema... :)
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