as dengosas e anoréticas cascalhantes dependuradas vespas sem listas
enchem as malas de penugens e bolores aromáticos nas abóbadas ficcionais
colocam nas carteirinhas de rede em prata das astúrias os batons irizados
roubados às velhas anémonas adormecidas nos cadeirões esfiapados
repuxam as cabeleiras indomáveis feitas de plásticos em fios cintilantes
atiram as chinelas caseiras para os cantos misteriosos dos quartos voadores
prendem à cintura vapores flutuantes sonorizados pela sony japonesa creio eu
experimentam expressões ingénuas frente aos espelhos da madrasta má
dão saltos ao ouvir o pontilhado aguçado dos claxons na rua empertigada
roçam pelos degraus em pantomimas e desengoçamentos velocíssimos
agarram-se aos pescoços dos machos em tempo de espera em carros sem capota
e forros de pele de insectos variados rãs das amazónias víboras do minho nortenho
m.f.s.
pedro tamen / os dias
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1
Não há mais céu
se ele não cai
humilde acaso
no seu lugar.
Não há melhor
nem som mais puro
que o natural
dos nossos olhos.
Não vale a pena
fazer brinq...
Há 7 horas
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