as dengosas e anoréticas cascalhantes dependuradas vespas sem listas
enchem as malas de penugens e bolores aromáticos nas abóbadas ficcionais
colocam nas carteirinhas de rede em prata das astúrias os batons irizados
roubados às velhas anémonas adormecidas nos cadeirões esfiapados
repuxam as cabeleiras indomáveis feitas de plásticos em fios cintilantes
atiram as chinelas caseiras para os cantos misteriosos dos quartos voadores
prendem à cintura vapores flutuantes sonorizados pela sony japonesa creio eu
experimentam expressões ingénuas frente aos espelhos da madrasta má
dão saltos ao ouvir o pontilhado aguçado dos claxons na rua empertigada
roçam pelos degraus em pantomimas e desengoçamentos velocíssimos
agarram-se aos pescoços dos machos em tempo de espera em carros sem capota
e forros de pele de insectos variados rãs das amazónias víboras do minho nortenho
m.f.s.
paulo campos dos reis / a empregada do café
-
A empregada disse olá
acordando-me da distância.
Com a condescendência justa
para quem, como eu
ocupou a mesa
para não beber café.
O que deseja, d...
Há 1 dia





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