hoje comi uma lufada de ar
que por engano entrou pela
minha janela
sabia a flores amarelas
com estames loiros
pé azul-fénix
folhas aeriformes
no centro da lufada de ar
havia um coração de gnomo
envergonhado
cantava baixinho
como o paul simon
quando acordava à meia-noite e
cinco minutos
saltava como um gafanhoto
coxo
girava como um pião
desfocado no tempo
amava newton
vivia num arco-íris perdido
bendigo a lufada de ar
que me trouxe a bela digestão
da fantasia embrulhada
em lírios brancos
m.f.s.
paulo campos dos reis / a empregada do café
-
A empregada disse olá
acordando-me da distância.
Com a condescendência justa
para quem, como eu
ocupou a mesa
para não beber café.
O que deseja, d...
Há 1 dia





1 comentário:
Ora aí está!
Um bucólico banquete...
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