hoje comi uma lufada de ar
que por engano entrou pela
minha janela
sabia a flores amarelas
com estames loiros
pé azul-fénix
folhas aeriformes
no centro da lufada de ar
havia um coração de gnomo
envergonhado
cantava baixinho
como o paul simon
quando acordava à meia-noite e
cinco minutos
saltava como um gafanhoto
coxo
girava como um pião
desfocado no tempo
amava newton
vivia num arco-íris perdido
bendigo a lufada de ar
que me trouxe a bela digestão
da fantasia embrulhada
em lírios brancos
m.f.s.
manuel alegre / lusíada exilado
-
Nem batalhas nem paz: obscura guerra.
Dói-me um país neste país que levo.
Sou este povo que a si mesmo se desterra
meu nome são três sílabas de trevo.
...
Há 21 horas
1 comentário:
Ora aí está!
Um bucólico banquete...
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