o espantoso fogo das tuas lentes desfocaddas
voadoras areias de desertos em combustão
sibilantes golfinhos em sedentos mares moribundos
as mãos enleadas nas teias irónicas das intrigas
os pés que saltam abismos nas margens de ti
suaves cabeleiras de medusas adormecidas
carneiros gigantes de lãs ensebadas e em volutas
ulisses que se espreguiça no colo das sereias
david perseguidor de jezabel sem vestes
a rainha negra grávida do rei resplandecente
as colunas do templo que desabam sobre os fieis
o espantoso fogo dos teus olhos cegos
as areias que lanças nos abismos na tua margem
as almas suplicantes como carpideiras mortais
o mergulho infinito nos braços do amor inconcluso
mfs
cesare pavese / uma obra não resolve nada
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18 de Agosto 1947
Uma obra não resolve nada, assim como o trabalho de uma geração inteira não
resolve nada. Os filhos – o amanhã – recomeçam sempre e i...
Há 2 horas





1 comentário:
Podia chamar-se:
"Poema dos Amores Inconclusos"
(afinal, a maior parte...)
Força!
Frisco
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