amanhã o sol reluzia junto ao moribundo horizonte
ontem choverá nas pampas argentinas
entre cá e lá há o agora
suponho
com várias tiranias pelo meio
e paisagens sorumbáticas
espalmadas nos vidros foscos
das janelas anti-nucleares
rejeito pensamentos reconfortantes
reconfortados pelas ilusórias esperanças
dos futuros dos agoras nascidos dos ontens
jamais terei fé nestes domínios violetas
em sombras de pratas envelhecidas
sobram vapores engalfinhados
nas auto-vítimas esmorecidas e agoniantes
e os céus nunca existiram no céu
por isso rego de vermelho as palmeiras
californianas
e talvez também as de miami refulgente entre tufões
aproveito agora e já os sismos revigorantes
embarco na nau do holandês voador
para assustar os distraidos marinheiros
entre neblinas espessas
mfs
emanuel jorge botelho / claro/escuro
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faço o quê com a amargura?
guardo-a no bolso,
ou ponho sobre ela o peso de um dia aziago?
talvez o mar me salve, ou me converta,
talvez a terra seja o ...
Há 9 horas
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