domingo, agosto 26, 2007

escrito

ficam tão alegres nas manhãs sem rasto
dizem gracinhas para as borboletas nas janelas
e vomitam

vomitam as noites sem madrugadas
os fios de calor emaranhados nos cotovelos
as almas

as diversas almas que os habitam
e não sabem que não se importam
que enviam tudo para trás

as memórias
as sensações agonizantes

o frio da espada sobre a cabeça

olham para aqui
para ali
e não encontram rumo

desejam sem desejar os horizontes
a fímbria das atmosferas relutantes

acordam quando tal acontece
e vomitam

m.f.s.

1 comentário:

Anónimo disse...

Não podem ser sempre
rosas, cravos e perfumes...

Há altos e baixos...