Vês estes riscos nos vidros das minhas janelas viradas a sul?
A vincada marca de agonia numa transparência inaudita?
Saberás que seres nesta galáxia terão desenhado tal gesto de socorro?
Ouviste alguma vês nos teus sonhos de quietude o esvoaçar de penas
O guincho de horror os sons indetermináveis o roçar do desespero
Contra os vidros das minhas janelas viradas a sul?
Acordaste alguma vez sentindo que precisavas de lembrar-te do sonho
Que qual brisa cálida se afasta de ti com a rapidez de um desafio?
Tentaste agarrar alguma vez o teu pensamento volátil cheio de pistas
Que solucionariam o mistério dos roucos sons de fim de vida
De que sobram os rastos desesperados nos farrapos dos teus sonhos?
Jamais estás atento aos teus indícios incrédulo que és e sonhador sem causas.
m.f.s.
manuel alegre / lusíada exilado
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Nem batalhas nem paz: obscura guerra.
Dói-me um país neste país que levo.
Sou este povo que a si mesmo se desterra
meu nome são três sílabas de trevo.
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Há 19 horas
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