o estranho cheiro das marés embriagadas
humedece as cortinas de tafetá
os olhos partem para as viagens sem roteiro
a cavalo nas partículas olorosas
o frio das águas murmurantes
como rosnidos de animais em cio
ameaça o sono dos efebos desabusés
ao som das olfactivas provocadoras
as lentes escuras dos meus óculos
rebrilham de euforia contra os incautos curiosos
que espreitam a cor com que pintaram
as minhas janelas
parto igualmente pelas nuvens andantes
com perfumes na minha esteira
m.f.s.
domingos da mota / soneto da pouquidão
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São poucos os que lutam contra o medo
sem medo de perder seja o que for,
que ousam libertar-se do enredo
desse modo maligno de temor
que sofreia a cor...
Há 20 horas





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