o estranho cheiro das marés embriagadas
humedece as cortinas de tafetá
os olhos partem para as viagens sem roteiro
a cavalo nas partículas olorosas
o frio das águas murmurantes
como rosnidos de animais em cio
ameaça o sono dos efebos desabusés
ao som das olfactivas provocadoras
as lentes escuras dos meus óculos
rebrilham de euforia contra os incautos curiosos
que espreitam a cor com que pintaram
as minhas janelas
parto igualmente pelas nuvens andantes
com perfumes na minha esteira
m.f.s.
mário de sá-carneiro / pied-de-nez
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Lá anda a minha Dor às cambalhotas
No salão de vermelho atapetado –
Meu cetim de ternura engordurado,
Rendas da minha ânsia todas rotas…
O Erro sempre...
Há 9 horas
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