não sonho o desfazer das nuvens o corropio dos insectos os sons das madrugadas
não tenho no armário onde escondo os lírios roxos dos campos do sul a
lupa que aumenta as dores dos anjos sem asas e sem reflexos nos espelhos
nãoo prevejo o ataque dos vampiros desesperados a oclusão da luz nos olhos enevoados
a chuva após os ritos sacrificiais das virgens extasiadas
não vislumbro o altar em chamas na montanha lunar os olhos dos animais perseguidos
nos bosques dos centauros
sonho que não sonho
m.f.s.
emanuel jorge botelho / claro/escuro
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faço o quê com a amargura?
guardo-a no bolso,
ou ponho sobre ela o peso de um dia aziago?
talvez o mar me salve, ou me converta,
talvez a terra seja o ...
Há 9 horas
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