as noivas de maio correm pelas campinas ainda verdes
arrastando longas nuvens de véus
os ramos de flores brancas que seguram nas mãos lÃvidas
amarelecem e secam silenciosamente
as libélulas seguem-nas em delÃrios valsantes
os cucos assustam-se e voam para outros ninhos
nos degraus das escadas nas igrejas abandonadas
os noivos baixam os olhos em Ãntimo desgosto
desmembram os ramos de laranjeira das lapelas
desvanecem-se lentamente no cenário indiferente
m.f.s.
carlos de oliveira / estátua
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*a Jane L.*
Nos umbrais desta página recebo o poema que chegou de longe, duma memória
escura, voluntária, atravessando lama, sono, olvido. Desvend...
Há 21 horas
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